sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cooperação Sul em Belo Horizonte no Programa Observatorio

O Programa Observatório é um programa mensal dedicado aos criadores interessados em apresentar e testar suas ideias com o público. Já passaram por este programa artistas como: Denise Stutz, Adriana Banana, Tica Lemos, Mário Nascimento, Dani Lima, Grupo Camaleão, entre outros.
Sinopse: O coletivo de artistas "Cooperação Sul" estará representado pelas companhias "Eduardo Severino cia de dança" e "Mimese cia de dança-coisa", de Luciana Paludo. Na ocasião serão apresentados 4 trabalhos, detalhados a seguir:
Programa I - Sábado, 04/07/2009
1) Composição para guitarra e escápulas – e outras partes.

É uma derivação dos trabalhos “Você tem duas escápulas” e “Daquilo que se esvai”, compostos em ocasião da pesquisa de mestrado em artes visuais (UFRGS, 2006); partiu de uma investigação e de um raciocínio acerca do corpo , suas memórias e os decalques visíveis e invisíveis.
Concepçãoe interpretação : Luciana Paludo
Guitarra: Dom Pedro.
Duração: 15 minutos .
2) O olho em pausa.

"Ela espera. Enquanto isso, o que pensa, tendo ao fundo o som da sua mente?..."
Fragmento em processo do solo "Olho em Pausa" de Andrea Spolaor.

3) IN/ Compatível ?
Tem como ponto de partida para a pesquisa coreográfica a abundância de imagens e sensações sugeridas pelo cotidiano das relações humanas. A robotização de uma união através da linguagem de dança contemporânea . Três personagens que se entrelaçam em seus sentimentos , três negociadores do amor . Em tempos de tão pouco diálogo e tolerância é absolutamente indispensável que se fale e que se sonhe com seres humanos que tentem se reencontrar , se reconciliar , se apaixonar , se entregar , se respeitar e ainda se libertar .

Concepção Coreográfica: Eduardo Severino
Criadores/ Intérpretes : Luciano Tavares, Luciana Paludo e Eduardo Severino
Figurino e Cenografia : Luciano Tavares e Eduardo Severino
Consultoria de Figurino : Luciane Castro
Consultoria Estética Óptica : Luís Henrique
Trilha Sonora : Evelyn Glennie, Operation Phoenix, Candeia
Desenho de Luz : Eduardo Severino
Duração: 35 minutos .
PROGRAMA II – Domingo
1) Planetário
Uma obra de dança contemporânea que teve como inspiração para pesquisa
coreográfica a obra do escultor e ambientalista FRANS KRAJCBERG.
Trabalho selecionado para o projeto Rumos Dança Itaú Cultural 2001, o Criador - Intérprete - Eduardo Severino teve como inspiração para pesquisa coreográfica a obra contemporânea do artista plástico e ambientalista Frans Krajcberg. As denúncias de Krajcberg sobre os retorcimentos nas árvores deixadas após as queimadas se transformaram em movimento . Investigar a plasticidade destas formas e a questão da devastação e da morte adequando-as a linguagem coreográfica serviram de inspiração e constituíram o processo de criação à montagem . Os posicionamentos de Krajcberg vão ao encontro das mesmas inquietações que o coreógrafo com relação às questões da devastação do homem contra a vida neste planeta . O coreógrafo estabeleceu algumas parcerias para a composição da obra , com o músico percussionista Fernando do Ó, que compôs trilha original para a obra e com a escultora Isane Schul, criadora do único elemento cênico , uma peça em cerâmica onde queima uma chama do início ao final do espetáculo . Os posicionamentos de Krajcberg vêm ao encontro do que o coreógrafo sente quando se depara com a violência do homem contra a vida neste planeta .
" NÓS SOMOS OS AGENTES PRIVILEGIADOS DA TRANSFORMAÇÃO. CABE AO SER HUMANO , POR ESTE MOTIVO , A RESPONSABILIDADE MAIOR PELA PRESERVAÇÃO DA VIDA EM NOSSO PLANETA SEMPRE FUI INTERNACIONALISTA E A NATUREZA ME TORNOU PLANETÁRIO ” Frans Krajcberg.
Concepção/ Direção / Intérprete : Eduardo Severino
Ensaios: Luciano Tavares
Trilha Musical: Fernando do Ó; Colagem musical: Jorge Foques
Figurino: Eduardo Severino Cia . de Dança e Zoé Degani ( criação de Zoé Degani para a obra Lixo , Lixo Severino e reciclado para a obra Planetário )
Elemento Cênico : Peça de Cerâmica de Izane Schul; Iluminação : Eduardo Severino Cia . de Dança .
Duração: 20 minutos .
2) Os humores do poeta

Trabalho que iniciou seu raciocínio em setembro de 2005, com a característica de ser “ solo com intervenções ”. No mesmo ano houve uma derivação da idéia , o que se transformou em um espetáculo para o Mimese cia de dança-coisa.
Em 2006 recebeu incentivo do Prêmio Funarte Klauss Vianna. Ao final de 2006 recebeu o Prêmio Caravana Funarte de Circulação Nacional . Em 2007 o trabalho pôde ser retomado e reestruturado: ganhou trilha especialmente composta ( por Pedro Rosa Paiva – Dom Pedro - e Peter Gossweiler, duo Colorir ); figurinos de Vivi Gil e recebeu para intervenção artistas significativos , os quais deixaram marcas no trabalho . O artista-interventor entra justamente para movimentar a estrutura : auxilia, atrapalha e estabelece um outro humor para a cena .
São 4 os humores : 1) Talvez ; 2) Lírico ; 3) Lúdico ; 4) humor “x”. E o convidado tem tarefas específicas de atuação e, claro , liberdade para transgredir . Visitaram os humores : Daggi Dornelles (POA), Mário Nascimento (SP), Eduardo Severino (POA), Paula Krause (POA), Elke Siedler (SC), Rodrigo Chiba, Jennifer Vieira e Lidi Nascimento (Votorantin, SP) e Marila Velloso (PR) e Maria Alice Poppe (RJ), Jana Jorge (Pelotas), Luciano Tavares e Tatiana da Rosa (POA).

A próxima artista a visitar os humores será Andrea Spolaor.
Concepção, cenografia e interpretação : Luciana Paludo
Intervenções: Andrea Spolaor e Luciano Tavares
Trilha: COLORIR ( Dom Pedro e Peter Gossweiler)
Texto: Luciana Paludo e Daggi Dornelles
Figurino: Vivi Gil
Desenho de Luz : Ricardo Lima.